terça-feira, 29 de abril de 2008

Pra Nunca Mais Voltar


No telejornal, as mesmas coisas de sempre: desgraça, morte, corrupção, violência, doenças, guerra, miséria e fome.

"Hoje foi feita mais uma vítima das seqüências dos seqüestros relâmpagos. Só esta semana já foram cinco contando com..."

Houve-se o barulho da televisão desligando. Jéssica a desliga já não mais agüentando tanta coisa negativa que destrói cada dia o mundo.

Sua irmã a olha como se quisesse perguntar: "Por que você fez isso? Eu estava vendo!", e responde antes que faça a pergunta:

- Não agüento mais ver isso! Não há necessidade! É sempre a mesma coisa, sempre as mesmas tragédias... Vou dormir... - anda em direção ao seu quarto, mas volta para dizer: - Aliás, só me acorde quando isto tudo acabar e o homem finalmente tiver consciência do que faz, das conseqüências que ele cria pra si, ok?

- Mas isto não vai acabar tão cedo!

- Por isso mesmo... Boa noite e adeus!

Ela segue pro seu quarto, pra nunca mais voltar...

domingo, 20 de abril de 2008

Índio


O que é o índio hoje em dia?

Já não são mais como antigamente, que vestiam suas prórprias vestes, mantinham seus mesmos costumes de ÍNDIO.
Hoje, eles querem ser como o "homem branco": querem vestir as roupas eles vestem, pintam o cabelo, usam chinelo, sapatos, etc... isto tudo perdendo seu cotume mesmo de índio... =(

Como é tão lindo ver um índio de cabelo lisinho, preto, em forma de cuia ou longo, como das mulheres, com franjinhas, com o rosto pintado com a tinta que eles colheram, seus cocares cheios de belas penas e penduricalhos, pulseiras, colares feitos pelas mãos das índias, comendo aquela comida que as índias colheram e moeram e os peixes que os homens pescaram à beira do rio, morarem em cabanas, ocas, dormir na rede, falando seu dialteto único, entre tantas outras característas próprias do índio...

É triste, muito triste saber que eles querem seguir o mesmo "passo" que o homem branco, pois eles são criaturas tão puras, e agora, uma vez misturado com o homem branco e suas coisas não tem mais volta...

As crianças nas escolas já não podem mais se fantasiar com cocáres e rosto pintado como se vê, mas sim com bonés e rostos pintados para homenagear...

Por isso os admiro: por sua coragem, por sua sabedoria (principalemente), seus costumes, suas curas com ervas, etc, enfim, todo seu jeito de viver, que é especial e único, e infelizmente isto tudo está se perdendo, pouco a pouco...

Tá certo, eles querem descobrir o novo mundo, pois este que nós vivemos é novo para eles e eles querem ver o que temos no nosso mundo que eles não têm, querem ver novas coisas, mas por isso, ao descobrir, acabaram querendo usá-las, incorporando em seu dia-dia. E isto, visto ao meu ver, é muito triste, pois eles acabam perdendo sua origem, deixando para trás o tradicional índio...

Eles podem rir com nosso mundo, achando tudo maravilhoso, e enquanto isso eu choro por deixarem seus costumes, tão belos, de lado...

domingo, 13 de abril de 2008

Desânimo

E depois de tanto tempo eu voltei a te encontrar...no momento, meu refúgio. O encontro com os fantasmas daqui, deste lugar tão vazio quanto o nada...

Eu preciso desabafar, e ó único que pode me "escutar" é esse espaço que agora escrevo. Palavras vazias com um coração, talvez, vazio.

Não há ninguém para ver estas minhas palavras de tristeza, de desânimo, ou ao menos comentar sobre e me perguntar: "O que foi Vivian?", fazendo uma cara, na qual não vejo, de tristeza ou pelo menos parecendo, por eu estar assim... E eu me importo com isso? Nem um pouquinho que seja. O que quero agora é desabafar, se alguém verá isso já não estou nem aí... Poderia escrever no Bloco de Notas ou em qualquer lugar escondido, mas não quero escrever. Quero que estas palavras estejam libertas nesta tela de computador e não em um quadriculado dentro da tela...

Meu desabafo principipal e minha razão por estar agora aqui é de desânimo. E por quê? Isso eu também não posso responder... Mas queria saber... Talvez seja porque eu sou "de lua" e aí eu fico assim. Eu sempre fico assim, já estou acostumada. E sabe, como é de costume, até peguei gosto pela coisa... até gosto de ficar pra baixo do nada...triste sem motivos, porque eu, vendo minha vida neste instante de toda sua parte, sou muito feliz! (eis que surge o primeiro ponto de exclamação), mas agora, nesta hora, são tão infeliz, e por isso sempre deduzo que fico triste do nada...como se fosse um milagre dos céus...

E quando isso começou?
Que eu me lembre...foi quando eu sentei nesta cadeira de madeira, olhei pra esta tela de 15" quadrada e então vi uma certa pessoa online no MSN. Se fosse como o costume iria falar com ela, mas a conversa que tive há 2 dias atrás me fez com que eu não fosse falar com ela. O motivo? Bobo: falei com ela tal coisa, como abrindo meu coração, em relação a ela mesmo; ela disse:

- Não sei o que dizer...

- Então não diga nada...

E aí, ela me disse coisas que não precisavam, não tinha nada a ver com o que eu disse, ou comigo, ou com a gente, apenas o que tinha acontecido com ela. Nada grave, apenas uma mudança. Mas sabe (?), eu preferiria que ela não tivesse dito nada, a ausência de palavras seria melhor.

A conversa acabou, pois eu não me sentindo bem, devido ao que se passara ali, fui embora com uma coisa incomodando meu peito. E meu coração sempre faz isso: sisma com algo bobo, como isto, e eu tenho de aceitar e ficar para baixo... E por isso que digo: nem eu me entendo. Meu coração tem "reações" que eu não consigo entender o porquê e eu preciso aceitar... É a vida...é a MINHA vida... Eu sou assim, "aceite-se, Vivian" - é o que posso dizer a mim mesma...

E vamos parando por aqui porque isto está virando um diário. Só espero que eu consiga me animar, nem que seja um pouco e enquanto isso fico sozinha... e indo mais pra baixo... caindo no poço sem fundo... Sorte minha que ninguém (pelo menos imagino assim) vai ler isto aqui.

Pode ser que apareça alguém falando comigo, e esta pode ser ELA, mas serei desânimada, respondendo às perguntas sem muita cerimônia, dramática como este longo texto, e ela fará aquela pergunta acima, eu diria "nada", e a conversa ficaria nisso mesmo...

E talvez eu mostre pra umas poucas pessoas isto... pois apesar de não dever mostrar, algo mais forte dentro de mim vai querer mostrar. Eu sou assim. E aquela pessoa, que me deixou assim (eu acho), ou melhor dizendo, que deve ser um pouco responsável por eu estar assim (e sem motivos "concretos"!), virá amanhã falar comigo na escola e eu abrirei um sorriso, feliz por vê-lo, depois de algum tempo sem vê-lo direito, devido à semana de olimpíada na escola. Abraçarei, ficarei feliz, animada, quem sabe... como de costume... Até a procurarei nos intervalos das aulas e o osbervarei lá de cima, do 3º andar, no recreio, como de costume em minha rotina... Isto tudo, creio eu... mas pode não ser assim...certo? Certo... - responde minha mente.

Ainda vão surgir palavras dentro da minha cabeça que eu vou querer escrever aqui, mas isto não farei, senão, apesar de o tempo estar passando rápido sem que eu perceba, só farei isto, mesmo não querendo fazer nada. E não seria uma má idéia ficar escrevendo, escrevendo, até escrever um "livro" (eis que surge algo... "irônico" dentre tantas palavras desanimadas) para ninguém (ou poucas pessoas) ver(em)

Enfim... até mais ver querido... (?)