Pássaros negros sobrevoam na noite fria. O vento sopra e assovia
entre os galhos secos da árvore, quebrando o silêncio por alguns instantes.
As folhas da árvore, caídas no chão, farfalham entre si, agitadas
pelo vento, logo se calam, sobre o chão.
Ao longe, ouve-se o pio de uma coruja que pare não se incomodar
com o frio cortante.

O vento novamente volta, para encobrir os dois, que de repente,
com o movimento das mãos de ambos que cortam aquele. Agora, carícias são
trocadas com a hipnose que envolveu os dois.
Sorrisos surgem, e em seguida os lábios quentes dele tocam os
lábios suaves dela. Um beijo é dado, enfim. O calor de ambos se forma em um só,
na harmonia do ósculo.
O cabelo longo e cacheado dele balança junto com o cabelo longo e
ondulado dela, encontrando-se e escondendo o beijo deles.
O longo beijo é interrompido. O sino da igreja toca; é meia-noite.
Os dois se olham, abraçam-se e seguem juntos para a escuridão da cidade. A lua
os ilumina. Ao redor, tudo volta ao normal, pois o encontro do anjo com a bela
mortal já aconteceu. A agonia acabou...
- 8/11/2007 -
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